A PERSPECTIVA HISTÓRICA DA PESQUISA E PRÁTICA DA LEITURA
A HISTORICAL
PERSPECTIVE ON READING RESEARCH AND PRACTICE
Patrícia A. Alexander e Emily Fox
A ERA DA APRENDIZAGEM CONDICIONADA (
1950 – 1965)
Principais características:
Ø Reconhecimento da leitura como um campo de estudo;
Ø Transformações na pesquisa e na prática de leitura;
Ø Leitura como um comportamento condicionado e como um processo suscetível à programação
Principais teorias:
Ø Behaviorismo e Teoria Comportamental.
Principais
resultados:
Ø O resultado da ênfase behaviorista no estudo do comportamento observável, houve um foco particular na leitura como uma atividade perceptiva;
Ø
As atividades perceptivas incluíam a
identificação de sinais visuais; a tradução desses sinais em sons e montagem de
sons em palavras, frases e sentenças (Pearson & Stephens, 1994);
Ø
A instrução fonética passou a ser vista como
parte da base lógica para começar a ler ( Chall, 1967, 1995);
Ø
Onde houvesse problemas na aquisição de
habilidades, a solução provavelmente seria um programa de treinamento
individualizado (Glaser, 1978).
Visões rivais:
Ø Mesmo que a perspectiva behaviorista dominasse a pesquisa psicológica da época, teorias alternativas de aprendizagem humana operavam sob a superfície.
Ø Para James (1890), a melhor descrição de ler seria um hábito consciente.
A ERA DA APRENDIZAGEM NATURAL ( 1966 – 1975)
Principais características:
Ø Avanço da neurologia – devido a interesses em estruturas e processos mentais internos e inteligência artificial ( Ericsson & Smith, 1991);
Ø Atenção voltada para dentro da mente humana e para longe do ambiente;
Ø Investigação do processo de leitura como perspectiva interdisciplinar.
Principal teoria:
Ø Teoria da linguagem
Principais
resultados:
Ø Desenvolvimento da linguagem como uma capacidade nativa dos seres humanos;
Ø Mudanças significativas ocorreram não apenas nas percepções da leitura, mas também na posição da leitura em relação a outros processos de linguagem;
Ø Nova visão de um processo de leitura como natural, surgiram assim, investigações sobre as estruturas mentais inferidas e os processos de leitura em relação a sua performance;
Ø O diagnóstico de leitura era menos isolar e corrigir problemas nas habilidades implícitas de leitura de que sobre a compreensão de como os leitores chegaram as interpretações do texto;
Visões rivais:
Ø O que era mais significativo nessa visão alternativa dos alunos e da aprendizagem era a falta de qualquer presunção de que as estruturas e processos mentais descobertos pela neurociência significavam que o desempenho resultante era de alguma forma inato ou programado;
Ø Após as observações sugeriu-se que as semelhanças aparentes nos processos da linguagem humana eram provavelmente o resultado de conhecimentos adquiridos ou aprendidos.
Ø Mesmo que a neurologia humana tivesse um papel a cumprir, não era um regulador do uso da linguagem.
A ERA DO
PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÕES ( 1976 -1985)
Principais
características:
Ø Essa
nova perspectiva tinha pouca consideração pelo inato ou naturalidade da leitura
e pouco interesse pela fusão dos campos da alfabetização;
Ø Foco
na mente individual.
Ø Visava compreender o conhecimento como processamento
de informações.
Ø Psicologia
Cognitiva;
Principais teorias:
Ø Teoria do processo de informação e a
Psicologia Cognitiva
Principais resultados:
Ø A
pesquisa de processamento de informação resultou em uma infinidade de
construções relacionadas à cognição.
Ø A
construção do conhecimento prévio e sua poderosa influência na aprendizagem
baseada em texto dos alunos foram legados duradouros dessa época (Alexander,
1998 a; Alexander e Murphy, 1998).
Visões rivais:
Ø Uma
da característica marcante dessa visão rival era uma preocupação crescente com
a estética de leitura sobre o racional ( Rosenblatt, 1978/1994);
Ø Para
Rosenblatt, dependendo do objetivo do aluno e do instrutor, a resposta de um
indivíduo a uma obra literária segue um continuum de uma postura eferente e uma
estética:
ü
Na leitura não estética: a atenção do leitor
está focada principalmente no que permanecerá como o resíduo após a leitura e a
informação a ser adquirida, a solução lógica para um problema, as ações
realizadas;
ü
Na leitura estética, ao contrário, a principal
preocupação do leitor é com o que acontece no decorrer o evento de leitura
real.
A ERA DA APRENDIZAGEM SOCIOCULTURAL ( 1986-1995)
Principais características:
Ø Forneceram
um novo ponto de vista para os pesquisadores da alfabetização;
Ø Estudar
com textos que ocorrem em ambientes naturais, como sala de aula, casas, locais
de trabalho etc.
Ø Orientações
de grupo;
Ø Compreensão
compartilhada;
Ø Experiência
sociocultural colaborativa;
Ø Aluno
membro de uma comunidade de aprendizagem;
Ø Reconciliação
entre conhecimento escolarizado e não
Ø escolarizado;
Ø Reconhecimento
de múltiplas formas de conhecimento.
Principal teoria:
Ø Teoria
Construtivista
Principais resultados:
Ø A
pesquisa sobre alfabetização, um movimento contínuo foi em direção a uma
sofisticação cada vez maior da concepção do conhecimento;
Ø Revelaram
que a alfabetização envolveu uma infinidade de conhecimentos ( Alexander,
Schallert, & Hare, 1991);
Ø Locus
primário para a atividade adaptativa estava na reconciliação de conhecimento escolarizado
e não escolarizado (Gardner, 1991).
Visões rivais:
Ø As
visões predominantes e rivais estavam de acordo com o valor de se considerar as
forças sociais e contextuais na alfabetização;
Ø A
distinção entre a postura predominante e a rival veio na importância relativa
atribuída ao contexto ou às interações
sociais;
Ø Para
certos segmentos dessa comunidade, o caráter situado ou a natureza social do
conhecimento e do saber tornou-se o foco central (Sfard, 1998).
A ERA DO APRENDIZADO ENGAJADO ( 1996 – )
Principais características:
Ø Mudança
na maneira como os alunos e a aprendizagem eram percebidos e estudados na
comunidade de alfabetização;
Ø Mudanças
nas percepções do texto, dos leitores e do processo de leitura;
Ø Presença
crescente da hipermídia e do hipertexto;
Ø Interesse
pela hipermídia e pelo discurso em sala de aula estendeu as noções de texto às
formas tradicionais e alternativas ( Alexander & Jetton, 2003).
Principal teoria:
Ø Teoria
da motivação
Principais resultados:
Ø Um
dos princípios dessa década diz respeito à complexidade e natureza
multidimensional da leitura;
Ø Há
noções de que a leitura é cognitiva, estética ou de natureza sociocultural são
deixados de lado;
Ø Existe
uma relação significativa entre o conhecimento dos alunos e seus interesses (
Alexander, Jetton, & Kulikowich, 1995, Csikszentmihalyi, 1990);
Ø Os
alunos encontram uma variedade de materiais textuais, tradicionais e
alternativos, que devem se refletir no ambiente de aprendizagem (Wade &
Moje, 2000).
Visões rivais:
Ø As
visões da comunidade de pesquisa em alfabetização do aluno com um buscador de
conhecimento motivado e engajado no processo de aprendizagem;
Ø Aprendizado
como recondicionamento, tendo várias características significativas, tendo
investida na identificação, ensino e remediação ou componentes subjacentes à
aquisição de leitura.
Ø Ênfase:
leitores iniciantes ou problemáticos que ainda não dominaram os fundamentos da
leitura.
Boa leitura!
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